Igualdade social ainda que tardia...

Depois de muito tempo sem escrever, voltei com uma dica para os que gostam de cinema. 

Ontem assisti ao filme Milk - a voz da igualdade. Até então não conhecia a história de Harvey Milk e o que ele fez pelos direitos não só dos homossexuais, mas também pelos direitos humanos e pelas minorias. É uma história muito bonita de um homem que, aos 40 anos não se orgulhava do que tinha feito em sua vida e que aos 48 foi assassinado por representar parte da população de São Francisco, principalmente homossexuais. 

O que senti ao assistir ao filme é que, não só os direitos dos homossexuais, mas os direitos humanos são violados por pessoas influentes e "no poder" e por partes da sociedade por causa de preconceito inexplicável por minorias e pessoas "diferentes" da sociedade. E isso não aconteceu somente nos EUA dos anos 70, mas acontece ainda hoje em todo o mundo. Não entendo de onde surge tanto preconceito se não existe ninguém igual ao outro, a não ser pelo fato de sermos Homo sapiens. Acredito que o preconceito surge da vontade de ser superior e de existir extrema igualdade na aparência, na preferência sexual ou religiosa. É impossível existir igualdade a não ser nos direitos, nos deveres, no acesso à educação, a um salário melhor, segurança, saúde. Nem irmãos gêmeos univitelinos são iguais! SE as diferenças estão no mais bonito, mais feio, no mais inteligente ou menos, no moreno, negro, branco, amarelo, vermelho, no homosexual ou heterosexual, no japonês, chinês, indiano, brasileiro, estadunidense, alemão, no gordo ou magro, no portador de necessidades especiais, no rico ou pobre, no umbandista, católico, batista, espírita, ateu, islâmico, budista, é importante lembrar que somos todos humanos (ou tentamos) e que deveríamos ter direitos e deveres iguais. 

Por causa do preconceito muitos estão à margem das sociedades, e isso não deveria existir se tívessemos igualdade nas questões sociais. Não deveríamos ter líderes assassinados por lutarem pelo bem de todos. Deveríamos ter diálogo e compreensão mútua. Conhecer a história de Harvey Milk me lembrou Mahatma Ghandi, Martin Luther King, Nelson Mandela, Chico Mendes, Nísia Floresta e Berta Lutz, Oskar Schindler e tantos outros menos famosos que lutaram ou deram suas vidas por uma causa nobre de luta pela igualdade social. Igualdade social e não igualdade física, religiosa ou política. Acredito que este seja mais um filme para se pensar...

 Harvey Milk


Obs: minha intenção não é ofender ninguém. Me desculpem qualquer coisa.

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