Escrevendo português corretamente...
Poucas
pessoas gostam de estudar português. Na verdade, acredito que português e
matemática são os terrores da escola. Lembro que até me dava bem em português,
e literatura também. Depois que entrei para a faculdade, percebi o quão
importante era a língua. Em um curso de comunicação, impossível não conviver, o
tempo todo, com português.
Quando
tudo parecia mais fácil, com o “mínimo domínio” da nossa língua mãe, torna-se
efetiva a tão discutida reforma para a unificação da língua portuguesa nos países
da CLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Esta reforma tornou-se
válida para Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe,
Timor Leste, Brasil e Portugal.
Em
setembro de 2008, o então Presidente Lula tornou oficial a reforma ortográfica
da língua portuguesa, no Brasil. O novo acordo passou a vigorar a partir de 1º
de janeiro de 2009, sendo que haveria um prazo para a transição, que terminaria
em dezembro de 2012. Em 2009, tudo bem, ainda teríamos 3 anos para nos adaptar.
Só que o prazo está terminando e provas de vestibulares e concursos já “cobram”
o uso da nova ortografia. Além disso, as faculdades e universidades também exigem
que seus alunos apresentem, na medida do possível, seus textos e artigos com
ortografia atualizada.
Sabendo
que teria que me adaptar, afinal de contas, não é possível um comunicólogo
errar português em seus textos, decidi buscar guias e gramáticas no novo
acordo. Muitas editoras se adiantaram e editaram seus títulos e volumes. Andando
por uma livraria é fácil encontrar um livro com um bruta selo na capa “Nas novas
regras ortográficas”. Isso facilita bastante. Dizem que aprendemos uma língua lendo
textos nesta língua. Pois bem, mais fácil.
Apesar
de as mudanças serem fáceis, elas parecem um pouco “complicadas”. Já vi pessoas
discutindo sobre o uso do trema em linguiça e já vi outros reclamando que não
sabem hifenizar as palavras. Há pessoas que concordam, há outras que não. Um colunista
da revista Caros Amigos diz que o novo acordo é uma representação da ideia metrópole-colônia.
Assim, o mundo se adapta à língua portuguesa europeia, em um momento em que o
Brasil é maior (em tamanho, população, participação econômica, número de
pessoas falando português) que Portugal. Concordo plenamente, mas não posso
fazer muito, além de aprender.
Percebendo
a emergência em adaptar à nova ortografia, decidi compartilhar com vocês
algumas regras e dicas sobre acentuação e hifenização. Quero lembrar que o
acordo é ortográfico e não interfere na forma de falar. Então:
Regra
1 – os ditongos abertos ÉI e ÓI das palavras paroxítonas não são acentuados. Assim,
IDÉIA passa a ser IDEIA e HERÓICO, passa a ser HEROICO.
Outros
exemplos:
Alcatéia > Alcateia
Coréia > Coreia
Andróide > Androide
Apóia (do verbo apoiar)
> Apoia
Regra 2 – Não se usa mais o trema. Desta forma, SEQÜÊNCIA e CINQÜENTA não existem mais. Só existem SEQUÊNCIA
e CINQUENTA. A exceção
fica para palavras estrangeiras como MÜLLER.
Exemplos:
Ensangüentado >Ensanguentado
Delinqüente > Delinquente
Eloqüente > Eloquente
Freqüente > Frequente
Continuarei
nas próximas postagens.
Se bater uma curiosidade, visite:
Bom
fim de semana!
Referência:
TUFANO,
Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia. Melhoramentos: 2008.
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