Continuando com o acordo...


Continuando nossa conversa sobre a nova ortografia. No último post falei sobre os ditongos abertos ÉI e ÓI e sobre o uso do trema. Hoje, continuamos com as regras de acentuação.

Regra 3 – não se usa acento nas letras I e U tônico, quando aparecerem depois de ditongo, nas palavras paroxítonas. Então, FEIÚRA fica FEIURA.

Regra 4 – as palavras terminadas em ÊEM e ÔO(S) não são acentuadas. Desta forma, VÊEM fica VEEM e VÔOS fica VOOS.

Exemplos:
Abençôo > Abençoo
Crêem (verbo crer) > Creem

Regra 5 – o acento que diferenciava as palavras PÁRA/PARA, PÉLA(S)/PELA(S), PÊLO(S)/PELO(S), PÓLO(S)/POLO(S) E PÊRA/PERA não existe mais.

Esta regra apresenta algumas observações importantes. Estas exceções foram abordadas em uma prova de concurso que fiz.

O uso do acento circunflexo é facultativo no caso das palavras FORMA e FÔRMA.
Exemplo: A forma da fôrma do bolo é retangular.
Essa regra me deixou em dúvida em uma prova que fiz. Foi aceita a forma com acento. De qualquer jeito, em alguns casos e contextos, a grafia com acento parece mais adequada.

O acento continua existindo para diferenciar:

- PÔDE (pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) e PODE (presente do indicativo do verbo poder), ambos na 3ª pessoa do singular.
Exemplo:
Ontem, Carol não pôde mandar o e-mail, mas hoje ela pode.

- PÔR (verbo) e POR (preposição).
Exemplo:
É melhor pôr nomes naqueles quadros feitos por você.

- O singular e o plural dos verbos TER e VIR e todos os seus derivados.
Exemplo:
Ela tem dois cachorros. Eles têm dois cachorros.

Fácil, não é? Até o seu Madruga tá sabendo. http://www.youtube.com/watch?v=6W_dw0527kA&feature=fvsr


Referência: TUFANO, Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia. Melhoramentos: 2008.

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